terça-feira, 7 de abril de 2009

Apenas um soneto pra lembrar de você

Um sorriso simples e literário
Com poemas e orgasmos
São os teus passos ao meu encontro
Abençoadamente pecaminosos

Quanto aos deuses e querubins?
Que o desejo os inflame
No mais puro pecado na terra
Pois nós encontramos o amor

Sem dor, sem restrições.
Com uma paixão que encandeia
As noites e dias da minha calma

Passo a passo, cinético e cínico.
Proibido, impopular e perceptivo.
Teus passos, meus braços, um abraço.

Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 06/04/2009
Código do texto: T1525885

Apenas um soneto pra lembrar de você

Um sorriso simples e literário
Com poemas e orgasmos
São os teus passos ao meu encontro
Abençoadamente pecaminosos

Quanto aos deuses e querubins?
Que o desejo os inflame
No mais puro pecado na terra
Pois nós encontramos o amor

Sem dor, sem restrições.
Com uma paixão que encandeia
As noites e dias da minha calma

Passo a passo, cinético e cínico.
Proibido, impopular e perceptivo.
Teus passos, meus braços, um abraço.

Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 06/04/2009
Código do texto: T1525885

sexta-feira, 20 de março de 2009

Soneto ao meu Passado

O passado me consome
Como fogo diamantado
Como vida, lado a lado
Como bola, dois lados

Como curva do futuro
Como cicatriz... na alma
Como brasa que nunca finda
Como reima, corpo doente

Como crença, subserviência
Como a decadência do não viver
Como quem parte... Sem querer

Perto do nunca... Querer saber
No brilho que ofusca a mente
Como gente, sem viver...

Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 16/11/2008
Código do texto: T1286658

A Porta

Quando abro a janela,
Vejo que a única coisa
Que me matem vivo
É a certeza que não morri.

Sinto o cheiro da angustia
Afogar minha alma e
Inunda de tristeza o um único
Sorriso amarelo que me resta.

Transborda de dor o que já
Não tem mais como doer.
E rouba de mim a imagem
Que não tive, apenas sonhei.
O que me resta,
São frangalhos de uma vida,
Retalhos que alguém deixou cair.

Que nem sentiram a falta,
E nem jogaram no lixo.
Migalhas que a vida me nega,
Lagrimas que não caem mais,
O cheiro da morte ronda meu corpo
E seu sussurro doce me atrai.

E quando abro a janela...
Veja uma porta que chama o meu nome.

Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 22/02/2008
Código do texto: T870291

Transbordar-se

O vento, que me traz pensamentos.
Que me leva ao relento
E me protege lá fora

Que a ganância da hora não
Pegue-me de surpresa
Não me faça perder a pureza
Não me deixe para de sonhar

E se um dia eu não mais sonhar,
Que a realidade da vida seja doce
Ou pareça doce e se mesmo assim
Não o for...

Que o amargo da vida cure as feridas de um coração sem cor.

Que vento se torne uma brisa
Como um pensamento ao relento,
Não dentro, mas, lá fora.


Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 18/08/2008
Código do texto: T1134112

Soneto do Eu e Você

Quero falar de ti e de mim
No orgasmo da razão
Em um coração sem amor
Em um amor sem razão

Quero falar de mim
Como um ser apaixonado
Como um cara desmiolado
Sem lado, só razão

Quero falar de ti
Como um ser, de lado a lado
Com razão, mas um pouco apaixonado

Quero falar de nós
Como quem sempre sonhou
No amor, como não se pode separar

Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 16/11/2008
Código do texto: T1286551

Soneto da Angústia

Que a morte do que eu acredito
Seja apenas sentida e não vista
E os sussurros se transformem
Em brisas e passe despercebidos

Que o grito de dor ecoe silenciosamente
E o silencio seja o único amigo a pôr-me a mão
E os espinhos que crava minha alma
Transporte e refaça a minha vida

E ao chegar ao profundo e sombrio fim,
Verei que a vida é só uma passagem
Que rasga a alma e modifica o ser

E o meu corpo seja apenas velado
E meus desejos, respeitados.
Quanto a mim, apenas chamem-me pelo nome.


Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008
Código do texto: T839480